sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

PORTO ALEGRE: A CAPITAL DO DESCASO COM A SAÚDE


• PORTO ALEGRE é a capital brasileira com MAIOR NÚMERO DE CASOS DE AIDS por habitante
A capital do estado do Rio Grande do Sul é a capital brasileira com maior índice de infecção pelo HIV, segundo dados publicados pelo Ministério da Saúde no último boletim epidemiológico, em novembro de 2009, com taxa de incidência de 111,5 por 100 mil habitantes.

• 15 MUNICÍPIOS GAÚCHOS no TOPO DA LISTA de CASOS DE AIDS
 Dos vinte municípios brasileiros com maior incidência de aids por habitantes, QUINZE são do  Estado do Rio Grande do Sul. Atualmente, o RS possui o mais problemático do país, atingindo o primeiro lugar do ranking com a maior incidência de aids entre os Estados brasileiros, apresentando o maior número de casos por 100 mil habitantes (Ministério da Saúde, 2009). 

Dos 100 municípios brasileiros com mais de 50 mil habitantes que apresentam maior taxa de incidência de aids, os 20 primeiros da lista estão no Sul.

Verificamos ainda que, embora a epidemia de aids no Brasil seja considerada estabilizada, no Sul, ao contrário, a epidemia cresceu. Por aqui as taxas de crescimento variaram de 32,3% por 100 mil habitantes, em 2005 para 43,8% em 2007.

O Rio Grande do Sul também bate recorde ao verificarmos os dados das cidades brasileiras que tem mais de 50 mil habitantes. Das 20 ciades com maior incidência, 15 estão no Estado:

1. Porto Alegre (RS): 111,5
2. Camboriu (SC): 91,3
3. Canoas (RS): 83,0
4. Itajaí (SC): 81,2
5. São Leopoldo (RS): 72,9
6. Alvorada (RS): 72,8
7. Sapucaia do Sul (RS): 70,3
8. Viamão (RS): 68,5
9. Balneário Camboriu (SC): 67,9
10. Cruz Alta (RS): 64,9
11. Rio Grande (RS): 59,4
12. Florianópolis (SC): 57,4
13. Esteio (RS): 56,7
14. Cachoeirinha (RS): 54,0
15. Guaíba (RS): 53,0
16. Pelotas (RS): 51,9
17. Gravataí (RS) 49,9
18. Camaquã (RS): 47,7
19. Criciúma (SC): 47,1
20. Novo Hamburgo (RS): 44,6

AUSÊNCIA de CAMPANHAS DE PREVENÇÃO para populações VULNERÁVEIS à AIDS
Faltam campanhas de massa específicas direcionadas para populações vulneráveis conforme prevê o item 5.1 da Portaria 2313/2002/GM.

CARÊNCIA de medicamentos e exames para DOENTES DE AIDS
Pacientes doentes de aids que deveriam fazer exames de três em três meses (CD4 e carga viral), para acompanhar a evolução da doença e possível mudança no tratamento, estão conseguindo marcar exames apenas de seis em seis meses no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Sul.

Medicamentos para aids estão sendo fracionados ou não sendo distribuídos por ingerência e negligência.


INEXISTÊNCIA de políticas públicas para LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS
Desde 2004 não existem campanhas de prevenção às DST/aids destinadas a população LGBT. Também não são feitas campanhas para combater a homofobia e muitas políticas públicas ainda excluem a população LGBT.

Absoluto DESCASO com a PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL na GESTÃO PÚBLICA EM PORTO ALEGRE 
Descaso para com o Conselho Municipal de Saúde e a Comissão de Aids do Conselho.
Gestores que não querem dialogar;


• INOBSERVÂNCIA das Leis pelo Gestor Municipal
Inobservância das Leis 8.080/90 e 8.142/90 pelo Gestor Municipal

Utilização dos recursos para o enfrentamento da epidemia de aids para outros fins (financiamento de agenda escolar com recursos da aids, utilização dos recursos da aids para custear material da ouvidoria em saúde, etc);

DESMONTE DA ÁREA DA SAÚDE
Após o ano de 2004, a Coordenação Municipal de DST/HIV/Aids sofreu um desmonte passando de 18(dezoito) servidores/consultores (oito servidores eram redutores de danos) para apenas 3(três) servidores. O serviço de redutores de danos foi transferido para a saúde mental e, apesar de o gestor público ter sido chamado para prestar contas desse serviço, nunca compareceu às reuniões da Comissão de DST/HIV/Aids do Conselho Municipal de Saúde;

O Município de Porto Alegre, visando solucionar a greve dos empregados do Hospital Vila Nova indicou, ao Conselho Municipal de Saúde, como solução para a crise, recursos provenientes do PAM Municipal para o pagamento, através de indenização administrativa, dos serviços prestados pelo referido Hospital. O recurso deveria ser utilizado para ações de prevenção e assistência.


Um comentário:

  1. Sempre acabamos com as mesmas perguntas: pra onde vai a grana que se paga nos impostos? e pra que existe um governo representando a população? triste ver o descaso.

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